Chegou
na minha vida sem pedir permissão.
Que
fique claro: não autorizei a entrada!
Porém,
como não bloqueei passagem, tomou lugar.
Veio
(quase) invadindo os espaços, de mansinho.
Sentou-se
em um lugar – onde se sentiu confortável
Para
esbanjar sua autoconfiança
Diante
do meu olhar perdido.
Não
esboçou sentimentos ou sentidos.
Ficou.
Andando
pelos cômodos tentei ignorar,
Passando
espanador onde não havia o que limpar.
Está.
Mas o
que eu queria mesmo era sair desse lugar.
(Era?)
E me
libertar, sem olhar pra trás.
Como se
nunca tivesse deixado a porta aberta – vacilo!
Como se
nunca tivesse estado por lá.