segunda-feira, 27 de março de 2017

Ding Dong

Chegou na minha vida sem pedir permissão.
Que fique claro: não autorizei a entrada!
Porém, como não bloqueei passagem, tomou lugar.
Veio (quase) invadindo os espaços, de mansinho.
Sentou-se em um lugar – onde se sentiu confortável
Para esbanjar sua autoconfiança
Diante do meu olhar perdido.
Não esboçou sentimentos ou sentidos.
Ficou.
Andando pelos cômodos tentei ignorar,
Passando espanador onde não havia o que limpar.
Está.
Mas o que eu queria mesmo era sair desse lugar.
(Era?)
E me libertar, sem olhar pra trás.
Como se nunca tivesse deixado a porta aberta – vacilo!
Como se nunca tivesse estado por lá.




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