sexta-feira, 10 de março de 2017

Abatida

Esticou o braço para pegar a florzinha.
“Será que ele me ama?”
E começou sem pestanejar:
“Bem-me-quer, mal-me-quer...”
Pensou mais uma vez no rapaz.
“Bem-me-quer, mal-me-quer...”
Naquele dia em que se esbarraram pela primeira vez...
“Bem-me-quer, mal-me-quer...”
... e na última, onde se cumprimentaram.
“Bem-me-quer, mal-me-quer...”
Não sabia ler olhares,
“Bem-me-quer, mal-me-quer...”
... mas queria ser traduzida pelos seus.
“Bem-me-quer, mal-me-quer...”
Suspirou sem muita paciência,
“Bem-me-quer,...”
E jogou no chão, sem o brilho inicial,
O cabinho da flor com sua última pétala...



6 comentários:

  1. Hummm o medo do mal me quer, melhor não tirar as pétalas, apenas deixar fluir enquanto esperamos o bem me quer!

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    1. Fico me perguntando: foi prudente começar a despetalar? (Flor e coração?)

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  2. Prefiro não retirar as pétalas pelo medo do mal me quer e pra não maltratar a florzinha

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    1. Acredito que seja mais prudente, amiga!
      Pra que perder tempo em esperanças sem sentido?

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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