domingo, 19 de março de 2017

Em tempo, há tempo... – Círculo vicioso

Texto escrito em 2010. Não me recordo ao certo a quem ou o que eu me referia – mas tenho ideia. Hoje, o “quem” certamente é (ou seria) outro. Ou mesmo não ser(ia) ninguém. O que ressalto é o martelar insistente de certos sentimentos (indevidos). Fiz pequenos ajustes. Nada mais.


Por que ainda insisto?
Eu, que sempre desisto.
Mas transgrido.
Meus limites são extensos,
Não tenho controle.
Sorte, mantenho em mim,
Mas são tensos tais pensamentos.
Não quero!
Quero minha liberdade.
Liberdade d’alma.
Limpar a mente.
Mas,
Faz-me falta.
Quando não recebo a resposta,
Mesmo intransigente.
Estúpido... você!
Insensata... eu!
Mantra suave para não enlouquecer.
Apagar, esquecer.
Mas,
Como saber?
Escrevo novamente...
E, mais uma vez, arrependo-me.
Dúvidas,
Ou desculpas?
Certamente, culpas!
O que faço?
Peço a Deus que me perdoe.
Não mereço Seu perdão,
Afinal, mais uma vez!
Não aprendo.
Sou humana,
Sou assim.
No fim, quero apenas o fim
De tudo isso,
Dessa dúvida sem fim...


4 comentários:

  1. Ah escritora, nós nos esquecemos que somos humanas, que choramos, brigamos, temos raiva e todos os impulsos animais vivem dentro de nós. Então nos culpamos, nos chamamos de "Insensatas" mas o que tem de mais belo em nós mulheres se não esta explosão de sentimentos que ora parecem plumas ora parecem penas! Importante é o melhor sentimento que vive dentro de nós, o desejo de ser feliz e tentar acertar!

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    1. Ah, amiga Águia, ando tão cansada dessas inconstâncias do meu coração... Preferia ter um peito com sentimentos neutros e sem variações!
      Como disse acima: gostaria apenas do fim de tudo. E pronto.

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  2. "(...) cada acontecimento vibrava em seu corpo como pequenas agulhas de cristal que se espedaçavam. Depois dos momentos curtos e profundos vivia com serenidade durante longo tempo (...)" (C. Lispector, Perto do Coração Selvagem)

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    1. A serenidade que tanto almejo anda rara em mim.
      Os gritos do coração sempre rompem silêncios que gostaria de preservar...

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