Começou
sem querer e sem querer deixei ficar.
Estava
à beira do vazio total e, num lampejo, tomou um lugar.
“Quanta
asneira!”, bem sei. Mas permiti presença.
Mas não
há possibilidades, só meus tolos pensamentos.
Camuflado
em sopros, carrego o passar das horas.
Vaga
preenchida, momentaneamente, pelo não existente.
Sem
esperanças, deixo vaguear – em mim.
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