sábado, 18 de fevereiro de 2017

Ao vento

Começou sem querer e sem querer deixei ficar.
Estava à beira do vazio total e, num lampejo, tomou um lugar.
“Quanta asneira!”, bem sei. Mas permiti presença.
Mas não há possibilidades, só meus tolos pensamentos.
Camuflado em sopros, carrego o passar das horas.
Vaga preenchida, momentaneamente, pelo não existente.
Sem esperanças, deixo vaguear – em mim.


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