"Amiga,
companheira,
Perdição, salvação...
Hoje não posso defini-la com um só termo ou palavra...
Ela me trai todas as vezes em que faz suas escolhas e, na sua missão, olha exatamente os que a negam, mesmo com o poder de “cura” que mostra ter.
Não a culpo,
Não a protejo,
Não a julgo...
Mas não sou feita de açúcar. E se assim fosse, já teria desmanchado ante todas as lágrimas que me fez chorar.
Implorei muitas vezes por suas mãos frias e toques certeiros, onde pudesse me levar para bem longe de qualquer lugar. E para qualquer lugar.
Ela não aceitou propostas e acabou passando perto e levando quem não deveria.
Hoje não posso defini-la com um só termo ou palavra...
Ela me trai todas as vezes em que faz suas escolhas e, na sua missão, olha exatamente os que a negam, mesmo com o poder de “cura” que mostra ter.
Não a culpo,
Não a protejo,
Não a julgo...
Mas não sou feita de açúcar. E se assim fosse, já teria desmanchado ante todas as lágrimas que me fez chorar.
Implorei muitas vezes por suas mãos frias e toques certeiros, onde pudesse me levar para bem longe de qualquer lugar. E para qualquer lugar.
Ela não aceitou propostas e acabou passando perto e levando quem não deveria.
Pura
traição...
Não quero compartilhá-la, quero-a perto de mim.
Não quero compartilhá-la, quero-a perto de mim.
Insisto
em pedir sua atenção, sou egoísta.
Seus
olhos não tardam em me ignorar.
Não sei se estar em sua presença significa fuga ou resposta. Pra mim, talvez os dois.
Passou perto de mim.
Não sei se estar em sua presença significa fuga ou resposta. Pra mim, talvez os dois.
Passou perto de mim.
Conheço-a
desde que rondou alguns de meus dias, cochichou-me verdades doídas, indicou a
viagem tão próxima... mas não minha.
Não posso negar que, de algum modo, ela ajudou na hora certa. Tirou o espinho e libertou uma alma que sofria na carne doente.
Sua presença é real e não para.
Não posso negar que, de algum modo, ela ajudou na hora certa. Tirou o espinho e libertou uma alma que sofria na carne doente.
Sua presença é real e não para.
Dinâmica.
Pedi conselhos e seu abraço assustador. Ela se esquivou, pois seu grande Orientador não a permitiu.
Somos irmãs, filhas de um mesmo Pai.
Seu toque fatal é inevitável a todos e cada um.
Não há o que argumentar quando nos mira com intrigante ternura.
Enquanto não a conheço, sonho com todos os que já trilharam seus caminhos.
Pedi conselhos e seu abraço assustador. Ela se esquivou, pois seu grande Orientador não a permitiu.
Somos irmãs, filhas de um mesmo Pai.
Seu toque fatal é inevitável a todos e cada um.
Não há o que argumentar quando nos mira com intrigante ternura.
Enquanto não a conheço, sonho com todos os que já trilharam seus caminhos.
Saudades
do Pai, saudades de pai..."
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Escrevi
o texto acima em dezembro de 2009, frente aos sentimentos que me ocorreram à
época, logo após o falecimento de meu pai. Foi exposto em um antigo blog que,
hoje, mantenho fechado, e é de lá que trago os textos vinculados ao título “Em
tempo, há tempo...”, todas as vezes que percebo algum traço de comunhão com os pensamentos da atualidade.
Minhas
escritas da época eram pesadas e, por conta disso, criei esse espaço para os
“novos” pensamentos, visto que minhas antigas percepções sobre mim e o
mundo não se encaixam totalmente com as atuais – apesar de ainda acontecer coincidências
nas ideias.
O que
me assustou, na verdade, foi a quantidade de “curtidas” que o texto teve no
pouco período que o blog ficou aberto (66.762 likes) e fico me perguntando se
quem leu entendeu realmente sobre o que (ou quem) eu estava falando... Será que
todos aqueles que o leram também carregam (ou carregavam) o peso da morte como
uma das poucas opções? Será que somos tantos assim, atolados no manto da
depressão e cobertos por máscaras de felicidade? Ou apenas os leitores foram complacentes
com minhas emoções? Nunca saberei. Mas afirmo o quanto me senti confusa, já que
não sei se há tantos corações amargados em perdas – e que, inclusive gostariam
de trocar de lugar com aqueles que se foram – ou apenas tentando encontrar
atalhos para fugir dos problemas – pois era assim que pensava e ainda penso
muitas vezes.
Muita coisa mudou. Muitas outras permaneceram.
Muita coisa mudou. Muitas outras permaneceram.
Os inúmeros likes em sua postagem foram merecidos amiga. O modo como fala da morte, é ao mesmo tempo um misto de beleza e dor. Acredito que uma das coisas mais temidas pelo ser humano é a morte. A morte assusta porque é desconhecida, tudo que não conhecemos nós trás medo e aflição. Entendo bem o que sentiu quando teu pai, por ela foi levado por ordem de "seu grande orientador" Deus. Tenho lidado com este sentimento de "pré luto" há quase dois anos, quando nos despedimos de meu pai que vive entre um mundo e outro. A morte é tormento para uns e alívio para os que sofrem. Mas... qual será o critério do grande arquiteto do universo para a hora de cada ser humano?
ResponderExcluirProvavelmente nunca teremos, em vida, uma resposta para seu questionamento...
ExcluirEnquanto isso, imagino que a morte seja um grande alívio para quem vai e um grande tormento para os que ficam na saudade.
Verdade, o alívio para os que sofrem. Porém nós que ficamos e continuamos nossa jornada. Sentimos saudade sim. Mas temos as lembranças tão preciosas que eles nos deixaram minha flor.
ExcluirSem contar a sensação (e quase certeza) que um dia nos encontraremos novamente!
ExcluirSaudades do pai...... tanta... sinto falta da mão de dedos tortos pela vida gasta em 95 anos de idade, passando em minha cabeça... ... num tempo, que mesmo adulto, aquela mão tudo resolvia em mim....!
ResponderExcluirSaudades são as marcas de grandes amores em reticências... Por isso nunca deixamos de senti-las...
ExcluirQue recordação gostosa ele te deixou escritor Menna!
ExcluirIsso!!!
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