domingo, 12 de fevereiro de 2017

Não mais

E foi quando deixou partir,
Que decidiu voltar.
Os olhos e cabelos negros que antes reinavam
Em ventos de pensamentos
Nada mais significavam.
O amigo-irmão que desejava ter por perto
Sentiu-se no direito de ser “ninguém”
Quando (ela) mais precisava.
E nas viravoltas que a vida dá
Ele olhou para trás
E sentiu saudades do carinho oferecido
Mas omitido pela unilateralidade do sentimento.
Sentiu falta,
E se arrependeu...
Era meia-noite:
Muito tarde para voltar atrás.
Os abraços já não eram,
Outros já os tinham feito superar
A espera de outrora.
Tempos que não voltam,
Sentimentos que não permeiam.
Justiça?
Talvez, quem saberia?
Pra ela
Tanto fazia...


2 comentários:

  1. É quando decidimos partir que sentem nossa falta. Quando a atenção unilateral cansa e faz desistir de ofertar o que até então foram presenteados carinho em um sentimento sem cobranças. A não valorização dos gestos de atenção e carinho o fez lembrar que passou-se o tempo. E deixando de lado o que nunca foi dado ou ofertado ao amigo-irmão. Se for justiça, com certeza não é quem ofertou por tanto tempo e de boa vontade que a está fazendo. Mas talvez a justiça do tempo, muitas vezes implacável quando deixamos para depois o que deveríamos ter feito ontem. Lindíssimo texto !

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    1. O tempo faz os ajustes necessários à nossa evolução, inclusive quando temos que nos afastar daquele que não nos dá o devido valor. Deixamos de "gostar" qse sem perceber. Só passa.

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