Tem
dias que a vida cansa.
Esse
emaranhado de chatices diárias embaça a visão e não me estimula a continuar com
os olhos abertos.
Confusões
em sentimentos, palavras e toques.
São
dias que, se pudesse, “desconheceria” pessoas, esqueceria experiências e aniquilaria
memórias – e nem me importaria de me tornar um robô.
Reservaria
minhas poucas virtudes para poucos, só para não sentir as ansiedades, raivas e
o peso da indiferença de tantos que amo (sem querer amar). Pronto, é isso!
Queria “desamar” um pouco!
Queria
fixar na mente e no coração que, quando não há bilateralidade no afeto, é
ilusão pensar que pode ser normal o tiro chegar a apenas um dos lados. E não é!
Se não nos querem bem, deveríamos ter a capacidade de apaga-los definitivamente
das nossas existências.
E se
nossas boas ações não gerassem leveza naqueles que as estivessem recebendo,
poderíamos apertar um botão que destruísse todo aquele aparato de pensamentos
idiotas que ainda nos ludibriam quando nos dizem que “estamos fazendo o melhor,
então já valeu a pena”. Bah! Quanta bobagem!
Hoje
estou mais pé no chão que nunca. E mais do que sempre, indignada com essa minha
incrível capacidade de amar e levar as bofetadas entorpecentes da vida.
Cansada.
Estou cansada de tudo isso...
Calma garota, chutar o pau da barraca de vez em quando faz bem, mas depois a gente levanta a barraca de novo e segue...é a vida.
ResponderExcluirBoa parte do tempo fico me perguntando "pra quê tudo isso". Nunca receberei resposta, eu bem sei.
ExcluirMas os incômodos permanecem e perturbam.
Como seria maravilhoso se em nós tivesse a tecla delete, não ficaríamos nos martirizando com pensamentos, sentimentos corrosivos e tantas outras coisas que geram sofrimentos.
ResponderExcluirSeria maravilhoso eliminar momentos ruins na memória!
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