terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Joio ou trigo

A cada dia, sei menos de mim.
Esforço-me para compreender pensamentos tão dúbios e cheios de ranhuras.
Tenho procurado a evolução pessoal, porém percebo que a cada passo, surpreendo-me dando outros dois para trás.
Já não carrego em mim a necessidade de sorrisos plenos e constantes; compreendi que a seriedade é um modo de fazer-me compenetrada no que, aos meus olhos, pode parecer banal ou sem vida.
O equilíbrio é lei. O problema é que tenho sentido que minha “balança” não tem sido muito justa. Análises e julgamentos do que desconheço tomam conta e me desestabilizam. Não quero! Busco sensatez e tranquilidade, mas os lixos que carrego – de experiências errôneas – deixam minha alma fosca. E frequentemente me pego varrendo histórias para debaixo do tapete, acumulando feridas e solidões.
Complicado? Sim, pois insisto, pouco tempo depois, em reorganizar o lugar e as tais “autoanálises”.
O impasse vai sujando e limpando, limpando e sujando, enquanto peço aos céus a clareza de que tão bem careço frente ao mundo que me cerca. E dentro das cercas que a alma insiste em manter, ferindo as mãos com arames farpados diante de toques (mesmo aparentemente leves!) da (auto)acusação que nunca finda.


Resultado de imagem para auto julgamento

7 comentários:

  1. Boa noite, parabéns pelo blog. Vou adorar ler cada postagem. Está que acabei de ler, toca profundamente a cada um que a ler, em algum momento vai se identificar.

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    1. Boa noite! Espero que possamos nos comunicar e compartilhar pensamentos! E, se forem diferentes, que sempre tenhamos a certeza de que o que importa é acrescentar ideias e visualizar novas possibilidades de crescimento em novos pontos de vista! Volte sempre!

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  2. Em fim!
    Já era tempo...
    Parabéns...
    Que seu voo seja pleno e busque novos horizontes. 👏👏👏

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    1. Meus voos são (ainda) muito baixos... mas tenho fé de que o céu possa ser o meu limite. Uma questão de tempo? Pode ser! Vamos aguardar!
      Obrigada pelo apoio e incentivo!

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  3. VC precisa se perdoar das escolhas erradas que fez e das histórias que te machucou. Deixe as feridas cicatrizarem em seu peito e só assim poderá seguir em frente.

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    1. O passado sempre me perseguiu, Telina. É algo que faz parte da minha alma, do meu modo de ser. Sou nostálgica. Porém, ao mesmo tempo que tenho saudades de muitas coisas, tenho a vontade de mudar muita coisa, muitas escolhas, muitos caminhos... Mas não posso... E o que me deixa mais triste, é que continuo fazendo escolhas erradas. As cicatrizes antigas vão se fechando, e outras vão se abrindo. Não tem a ver com o outro; está em mim. Uma característica? Pode ser. Mas pode ter sido uma moldagem que foi sendo criada no decorrer do meu caminho.
      Seguir em frente é meta.
      Reclamo aqui, resmungo aqui... e no final, acabo entendendo que tudo o que foi tropeço, alterou quem eu era.
      Agora, vamos lá.
      Abraçada ao que passou, mas de mãos dadas com o presente!

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    2. Menina VC me representa, sou assim, VC me descreveu. Essa é nossa vida, e pra completar me sinto culpada por cada escolha ou fato que não deu certo comigo e com os que amo.

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